Dia do diretor: os desafios na comunidade escolar

Diretores de escolas e instituições enfrentam uma variedade de desafios, principalmente ao tentar equilibrar as demandas administrativas com as necessidades educacionais, sociais e emocionais da comunidade escolar. 

Nesse dia do diretor de 2024, a SAE+C se propõe a debater os desafios da liderança do diretores de instituições de ensino, e quais são as perspectivas para o futuro da direção escolar.

Gestão Administrativa e Financeira

Orçamento e Recursos; muitas escolas têm recursos financeiros limitados, exigindo que os diretores façam escolhas difíceis para atender às necessidades de infraestrutura, materiais didáticos e tecnologia. Com os processos burocráticos as exigências burocráticas podem ser excessivas, consumindo tempo que poderia ser dedicado a outras áreas mais estratégicas. Na gestão de infraestrutura Manter a escola em boas condições, garantindo segurança e um ambiente acolhedor para alunos e funcionários, é essencial e desafiador.

Liderança e Gestão de Equipes

  • Motivação da Equipe: Manter a equipe motivada, especialmente em um cenário de baixos salários e altos níveis de estresse, é um grande desafio.
  • Desenvolvimento Profissional: Os diretores precisam fornecer oportunidades de crescimento para professores e equipe, seja por meio de treinamentos, workshops ou incentivo a formações adicionais.
  • Resolução de Conflitos: Gerenciar conflitos entre professores, alunos e até entre a equipe administrativa e pedagógica exige habilidades de mediação e empatia.

DESAFIOS DA GESTÃO ESCOLAR E POSSÍVEIS FATORES

Gráfico 1 – Os desafios categorizados pelas dimensões na perspectiva dos gestores.
Gráfico 2 – Os desafios da gestão pedagógica na perspectiva dos gestores

As mudanças mais recentes surgiram por consequência de um mundo globalizado, onde as tecnologias da informação e comunicação evidenciam as novas exigências de qualificação no mercado de trabalho. Nesse contexto, a escola tem papel de educar preocupando-se com o ensino interdisciplinar, buscando atender às demandas da sociedade atual e formar pessoas dotadas de ética para enfrentar essa nova estruturação.

Nas últimas décadas o tema gestão escolar vem sendo discutido com maior frequência no âmbito educacional, dada a sua importância para a formulação e implementação de uma educação pública de qualidade e, também, na perspectiva de subsidiar aos sistemas de ensino e as unidades escolares. Nesse sentido torna-se necessária uma busca por profissionais com competência para desenvolver com excelência essa função.

A gestão democrática da escola consiste em um dos princípios norteadores da oferta de ensino público, conforme expresso na Constituição Federal (Art. 205, VI) e na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Art. 3°, VIII). Esse mister vem recebendo avanços consideráveis a partir do Decreto Federal n° 6.094/2007, que instituiu o Plano de Metas Compromisso Todos Pela Educação. Nesse documento orientador foram estabelecidas 28 (vinte e oito) diretrizes a serem implementadas por cada ente federativo. Dentre essas, merece destaque a Diretriz de n° XVIII, que estabelece a cada sistema de ensino o dever de “fixar regras claras, considerados mérito e desempenho, para nomeação e exoneração de Diretor de escola” (BRASIL, 2007).

Naquele momento, o Ministério de Educação instituiu o Pacto Compromisso Todos Pela Educação, a ser firmado com prefeitos e governadores, para o cumprimento daquelas diretrizes, sob pena de exclusão do ente do recebimento de transferências constitucionais voluntárias.

A efetivação de uma gestão educacional democrática e participativa está relacionada à divisão de responsabilidades no processo de tomada de decisão entre os diversos níveis e segmentos do sistema de ensino e das escolas. Nessa perspectiva, espera-se que o gestor educacional precise, prioritariamente, ser um líder e, na tomada de decisão, acreditar que as ações educativas têm o poder de transformar, de gerar conhecimentos e estruturar as relações, fortalecendo a confiança na potencialidade humana.

Todavia, vivemos na sociedade da informação e do conhecimento, na era digital, onde as interações se dão em tempo real com sujeitos nos espaços mais longínquos. Nesse mesmo contexto, a escola, o principal equipamento solidificado ao longo da história da humanidade para transmitir a cultura e o conhecimento acumulado às novas gerações, ainda se apresenta, em sua estrutura e funcionamento, muito próximo ao modelo para o qual foi concebida, há séculos.

Assim, apesar das mudanças vividas pela sociedade no que diz respeito à cultura, valores, modos de produção circulação e acumulação do conhecimento nesses tempos, no que se refere à escola como instituição, apenas duas modificações merecem destaque, para efeito deste trabalho.

   A primeira modificação é que a escola, antes destinada à elite, agora é de todos, independente da condição socioeconômica. Aí se incluem meninos e meninas, homens e mulheres. Mas também, dentre esses, os de orientação sexual homo afetiva. Não apenas brancos, mas, também, negros, índios, e toda a miscigenação que é própria do povo brasileiro. Pessoas com deficiência têm de ser acolhidas, com atenção para as especificidades de sua limitação. Ainda, na mesma sala de aula estudantes com condições materiais de existência consideradas satisfatórias convivem com outros em situação bastante desfavorável.  Essa diversificação do público atendido introduz demandas para as quais provavelmente a escola ainda não tem respostas elaboradas.

    A segunda modificação está relacionada à gestão escolar. O diretor, administrador da instituição, figura que detinha o poder de decisão em todas as circunstâncias, agora é substituído pela gestão democrática, onde, em tese, um núcleo gestor, assessorado por um conselho escolar, composto por representantes dos diversos segmentos que compõem aquela comunidade educativa, precisa discutir os problemas e gerenciar os conflitos até construir o consenso e chegar à tomada de decisão onde todos se sintam envolvidos e responsabilizados.

Embora apenas duas modificações, as mesmas trazem profundas transformações no cotidiano escolar, nas relações aluno-aluno, professor-aluno, escola-comunidade, na perspectiva da inclusão e do respeito aos direitos humanos.

 

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