O Novo ensino Médio

O secretário de Educação do Estado do Mato Grosso do Sul, Hélio Daher, e o professor paraense, Rafael Herdy, participaram da Bett Brasil 2024 para falar sobre o Novo Ensino Médio. Como transformar a realidade do impacto causado por este modelo educacional, que divide opiniões. O professor Herdy foi enfático ao dizer que o sistema tem erros e acertos, mas que o novo momento e os aprendizados adquiridos trazem uma oportunidade de reconstrução da metodologia. 

“A proposta do Novo Ensino Médio é muito interessante, com a possibilidade dos itinerários formativos, mas tivemos problemas na implantação no Brasil inteiro. Os Estados e os docentes tiveram muita dificuldade para se adaptar e entender o conceito. Entretanto, estamos em novo momento. Já testamos, verificamos os problemas e temos uma nova chance para transformar o futuro das nossas crianças e jovens, por meio da flexibilização do novo ensino médio”, ressaltou.

“Hoje, a juventude quer um ensino médio que converse com o universo que ela vive, principalmente, pelo ponto de vista da rapidez, pela da necessidade e pela comunicatividade que o estudante. Se não fizermos isso, falharemos como gestão e veremos muitos jovens abandonando as escolas, porque muitos deles acreditam que a escola não faz sentido e largam os estudos. Enquanto tivermos o abandono educacional que o Brasil tem, o ensino médio precisa ser refletido e repensado”, salienta o secretário.

E, para ele, independente de questões políticas, o Novo Ensino Médio possui erros e acertos, e a flexibilidade é um caminho sem volta. “Precisamos validar o que deu certo e tirar aquilo que está dando errado. Por exemplo, a ampliação da carga horária da formação geral básica e a flexibilização são essenciais. Mas, por outro lado, o Enem ainda não conversa com esta proposta e isso causa insegurança nos jovens e na própria família sobre como será o futuro”, acredita o secretário.

Além disso, Daher mencionou que a formação de professores é um assunto muito pertinente nesta conta, já que os educadores precisam lecionar por meio do itinerário informativo, muitas vezes, sem a formação específica, gerando insegurança nele também. 

Contudo, parte do problema para a resolução de uma melhora na adaptação do ensino médio passa, também, pela própria gestão, como folha de pagamento dos professores, alimentação dentro das escolas, transporte público, entre outros. 

“Há uma estrutura, que ninguém observa, mas que sustenta esta oferta de manter os alunos nas escolas. E ela precisa ser repensada e financiada para entregarmos, de fato, um ensino médio que faça sentido para eles”.

Por fim, o professor Rafael enfatizou que o novo modelo é muito positivo, porém, com a inclusão da flexibilização e maneiras inovadoras de lecionar.

Essa reformulação da distribuição das grades horárias e das disciplinas ministradas no nível médio da educação brasileira acontece após as mudanças aprovadas em 2017, o Ministério da Educação encaminhou um novo projeto de lei para o Poder Legislativo, PL 5230/2023, que passou pela Câmara dos Deputados no dia 20 de março de 2024. Entre os objetivos da proposta está a adequação das alternativas de formação à realidade das escolas. Inclusive, a carga horária da formação geral básica será 2.400 horas para alunos que não optarem pelo ensino médio técnico.

Enquanto a carga horária geral continua a ser de 3.000 horas distribuídas nos três anos do ensino médio, as 600 horas remanescentes serão preenchidas de acordo com a escolha do aluno pelos itinerários formativos, que são:

– linguagens e suas tecnologias;

– matemática e suas tecnologias;

– ciências da natureza e suas tecnologias;

– ciências humanas e sociais aplicadas.

Com o projeto de lei aprovado, o Ministério da Educação (MEC) pretende expandir o ensino médio técnico profissionalizante no país. Também faz parte dos objetivos dessa mudança o crescimento da educação em período integral.”

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