Conheça o novo Ensino Médio

O novo ensino médio foi aprovado pelo Governo em fevereiro de 2017 através da Medida Provisória nº 748/2016. A reforma apresenta mudanças significativas na modalidade de ensino. A principal mudança é que os alunos vão ter que cumprir os chamados itinerários formativos, que podem começar a ser ofertados ainda em 2022, mas só serão obrigatórios a partir de 2023.

Itinerários formativos, de acordo com a definição do MEC (Ministério da Educação), são o conjunto de disciplinas, projetos e oficinas que os estudantes poderão escolher no ensino médio. Por meio dos itinerários formativos, os alunos poderão se aprofundar no aprendizado de uma área do conhecimento (Matemáticas e suas Tecnologias, Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais Aplicadas) e da formação técnica e profissional (FTP) ou mesmo no aprendizado de duas ou mais áreas e da FTP.

 Além disso, os estudantes de ensino médio terão que dedicar mais horas ao ensino escolar: as 4 horas atuais passam para no mínimo 5, e isso já começa a valer em 2022.

Como funciona o novo ensino médio?

A Base Nacional Comum Curricular deverá nortear o currículo do novo ensino médio. A BNCC define os elementos obrigatórios e comuns a todas as escolas, desde a educação infantil até o ensino médio. Em abril de 2018, o MEC entregou ao Conselho Nacional de Educação (CNE) a última versão da BNCC. O documento define que a carga horária do novo ensino médio terá o total de três mil horas. Dessas, 1.800 serão destinadas ao currículo comum e 1.200 aos itinerários formativos. Assim, essas serão as matérias do novo ensino médio:

  • Linguagens e Suas Tecnologias
  • Matemática e Suas Tecnologias
  • Ciências da Natureza e Suas Tecnologias
  • Ciências Humanas e Sociais Aplicadas
  • Formação Técnica e Profissional

Apenas as disciplinas de português, matemática e língua inglesa serão obrigatórias nos três anos de curso. Para estudantes indígenas, fica garantido o ensino nas línguas maternas. Caberá a cada estado e município organizar os seus currículos escolares, tendo a BNCC como base.

Com relação a carga horária, 60% será dedicada ao currículo base e os outros 40% para as disciplinas eletivas dos itinerários formativos. Essa flexibilização possibilitará ao aluno escolher a área do conhecimento que deseja aprofundar. Além disso, o ensino técnico poderá ser realizado concomitante ao médio. As redes de ensino não serão obrigadas a ofertar todos os itinerários, isso será definido por cada instituição segundo as suas condições de funcionamento e oferta.

Na última versão da BNCC ficou estabelecido que os alunos serão cobrados segundo suas habilidades e competências nas áreas de ciências humanas e da natureza. Cada uma das cinco áreas dos itinerários formativos estipulam competências que os alunos devem adquirir ao longo do curso. Contudo, não há definição de como essas habilidades específicas serão avaliadas.

Outra mudança que deve ser observada na prática do novo ensino médio é a organização por módulos ou créditos, semelhante modelo adotado nas universidades. Dessa forma, caso necessite trocar de escola, o aluno pode eliminar o que já estudou e continuar a cursar os conteúdos faltantes. No entanto, isso ainda deve ser regulamentado.

Por que reestruturar o ensino médio?

A proposta do Novo Ensino Médio surgiu após a percepção de uma estagnação dos índices de desempenho dos estudantes brasileiros. Além disso, entre as etapas da educação básica, o ensino médio é a que tem as maiores taxas de abandono, reprovação e distorção idade-série (atraso escolar de dois anos ou mais).

Foram muitas as justificativas para reformular a última etapa da educação básica: um ensino de baixa qualidade, generalista, com número excessivo de disciplinas, alto índice de evasão e de reprovação e distante das necessidades dos estudantes e dos problemas do mundo contemporâneo.

A escola precisa, portanto, conversar com a realidade atual, promover um ensino alinhado com as necessidades dos estudantes e os preparar para viverem em sociedade e enfrentarem os desafios de um mercado de trabalho dinâmico.

O que muda para os professores do novo ensino médio?

Haverá mudanças também para os profissionais da educação, que deverão planejar e realizar as aulas de maneira integrada entre as diferentes /áreas de conhecimento/ disciplinas.

Para o itinerário de Formação Profissional e Técnica, é permitida a atuação de profissionais com notório saber, reconhecidos pelos respectivos sistemas de ensino para ministrar conteúdos relacionados a sua experiência profissional.

Quais os benefícios do novo ensino médio?

A implementação do novo ensino médio traz benefícios para alunos e professores. Primeiramente, e destacado como ponto principal, é que será possível disponibilizar mais tempo para os estudantes aprofundarem em conhecimentos específicos que vão agregar e são importantes para o futuro profissional que cada um escolher.

O Novo Ensino Médio contribui ainda com o desenvolvimento do projeto de vida e carreira dos alunos, já que as escolas deverão priorizar atividades que promovam a cooperação, a resolução de problemas, o desenvolvimento de ideias, o entendimento de novas tecnologias, o pensamento crítico, a compreensão e o respeito.

Apesar de serem premissas importantes na formação de qualquer cidadão e profissional, não são de aplicação obrigatória no modelo antigo de ensino.

Outro benefício da nova metodologia é o de proporcionar menos aulas expositivas e focar mais em projetos, oficinas, cursos e atividades práticas e significativas.

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